Vem com a gente!


          Já eram quase nove horas da noite quando terminei de me trocar e pude enfim subir ao topo do meu prédio e começar a saltar telhados em direção ao pequeno ginásio no extremo norte de Charlote. Em outros tempos, eu costumava ir de mãos dadas com meu pai, pelas ruas, ver meus heróis. Infelizmente, andar pelas ruas atualmente aquela hora era um luxo que apenas os donos de carros blindados e aqueles que não temiam a lei podiam se dar. As ruas pertenciam ao mais forte, atualmente, e ainda mais vestindo minha máscara, não era uma boa ideia caminhar por ali.
          Nos últimos meses, eu vinha causando problemas especialmente para a gangue que dominava os arredores do parque Flair. Minha parceira, Black Lotus morava na região, e fazíamos rondas cruzadas. Ela protegia os arredores do meu prédio, e eu protegia o parque em que seus filhos brincavam pela manhã. Era uma forma de ficarmos um pouco mais seguros. Sempre existia o risco de morrermos durante uma briga frente a algum marginal, e de fato alguns de nós morreram, mas assim não morríamos em emboscadas durante o dia. Nenhum daqueles marginais eram inteligentes o suficiente para nos procurar longe de nossos territórios.
          Talvez isso esteja parecendo uma história em quadrinhos, mas não é. Não somos super heróis, e não temos super uniformes, muito menos lutamos contra super vilões. A única real função de nossos trajes é esconder a identidade secreta do coitado que o vestia. Sim, coitado. Nós e aqueles que combatemos. Pessoas que foram abandonadas pela lei, e decidiram suplanta-la. A maioria de nós, guardiões mascarados, podíamos ser enquadrados em tantos artigos quanto aqueles que combatíamos. Para alguns, assassinato havia virado rotina. O que nos diferenciava deles? Bom, não atacávamos velhinhas indefesas. O quanto isso nos diferenciava? As vezes eu achava que muito. Outras fingia que muito. O fato é que eu precisava seguir. Isso não é a história de um super herói, é a crônica de um desesperado.
          Bem perto do velho ginásio, me perguntava se a Srª Carter havia chegado bem em casa. Ela tinha mania de caminhar tarde. Em geral eu a observava a achar o caminho para casa. Hoje eu só podia torcer para que tivesse achado o caminho de casa antes que alguma faca achasse o caminho para a garganta dela. Ela tinha a única mania pior que andar tarde com dinheiro em Charlote, andar tarde sem dinheiro em Charlote.
           Hoje eu não a estava vigiando por um motivo simples, eu estava em uma missão de recrutamento. Era a forma que alguns de nós chegamos nos telhado da cidade: alguém nos sugeria vestir uma máscara e defender os indefesos. Aqueles que fossem estúpidos o suficiente, aceitavam. Como eu. E agora era minha vez. Eu não fazia a menor ideia do nome de quem eu pretendia recrutar, e ele já estava acostumado a usar uma máscara e levar porrada, o que eram pontos muito positivos. Se você ainda não entendeu que ele é um wrestler, só posso lamentar pela sua infância.
           Era o mesmo homem que eu costumava vir ver com meu pai, embora agora eu tivesse vindo sozinho. É, as coisas mudaram bastante. Passei pela região em que havia visto meu pai pela ultima vez, envolto em uma poça do sangue dele do guardião que falhará em salva-lo. As gangues erma duplamente a razão de eu não poder mais andar nas ruas com meu pai.
            Confesso que foi bom poder ser visto no ginásio, e vê-lo lutar novamente. Sua força e agilidade eram impressionantes. Não impressionantes para um cara daquela idade e peso, simplesmente impressionantes. Eu não seria capaz de voar como ele voava. Depois foi a hora de me esconder novamente, e me esgueirar para o camarim. Eu não era mais criança para poder entrar ali para pedir um autografo.
             Esperei algum tempo, mas não o suficiente para que ele tirasse a máscara. É até engraçado quando se pensa, um homem adulto e acostumado a ver cenas grotescas todas as noites, não aceitava a ideia de ver o rosto do seu ídolo. Um longo suspiro anunciou minha presença, antes de eu verbalizar alguma coisa:
             
             - Impresionante, Valentim.

              Ele esboçou um sorriso com o elogio, enquanto me lançava um demorado olhar. Por fim, sentou na cadeira e agradeceu o elogio:

              - Obrigado, Víbora. - A surpresa deve ter sido nítida através da minha máscara, porque ele se apresou a explicar - Você não sai dos jornais, garoto. Você tem feito um bom trabalho no Flairs. Confesso que estou tão surpreso quanto você. O que um guardião pode querer com um velho como eu?

             - Um guardião pode querer muita coisa com um velho que consegue voar mais alto que ele... - Ao ouvir isso, Valentim soltou um pequeno sorriso. Eu sabia o que viria a seguir. Valentim era muito bom no ringue, mas era no microfone que ele ganhava a todos - E a cidade também.

              - Escuta, Víbora... Você me honrou muito vindo aqui, elogiando minha performance e me chamando para ser um de você. Eu poderia dizer que foi a maior honra da minha carreira, se minha maior honra não fosse assinar máscaras de crianças como você foi um dia, Franky. - Por trás da máscara, senti uma lágrima escorrer. Como algo quebrando, dentro de mim. Fazia mais de 20 anos que ele havia assinado a máscara que hoje eu usava para patrulhar as ruas, mas ele ainda lembrava - Talvez eu ainda seja seu herói, Víbora, mas eu sou quem sou entre as 12 cordas. Eu sou quem faz aquelas crianças forçarem seus pais a saírem de casa essa hora. Quem dá esperança para elas, quem as faz acreditar em si próprias. Mas eu não sou o cara que garante que elas voltem inteiras para casa. Esse é você. Eu talvez ainda seja seu herói dentro daquelas doze cordas, mas fora delas... Você é o meu herói, Franky.

              Foi difícil verbalizar as primeiras palavras frente a aquele homem, mas depois daquilo falar seria completamente impossível. Eu simplesmente o fitava, incrédulo. Para seguir naquela vida o truque sempre havia sido não pensar, mas essa noite... Era impossivel.

              - Eu preciso voltar. Você sabe, Drago não vai perder a luta sozinho. Você consegue acreditar? Dez anos e ainda estamos rivalizando.  Fique a vontade se quiser. Bom te ver, Franky.

               Eu o vi se levantar da cadeira, ajustar a máscara e sair para o palco. Eu queria tê-lo acompanhado, visto novamente ele encher o Drago de porrada. Mas eu precisava garantir que, aquela noite, criança nenhuma encontraria seu pai deitado em seu próprio sangue.


        As nuvens escuras no fim daquela tarde eram atenuadas pelo céu, que, ainda que escuro, cobria o horizonte delicadamente com seus suaves tons de azul. Meu olhar voltava-se para cima, e, em contemplação, mergulhava profundamente naquele céu que abraçava-me como quem afugentava meus piores medos e oferecia-me abrigo em um sorriso brando e familiar. Azul, como a mácula que teu peito trazia junto ao meu e escorria, derretia, deleitava-se em encantos e trazia-me para teu mundo, onde teu abraço me acalmava e teus olhos me fitavam. Azul, como a ternura de teus beijos, que me levavam para um voo pelo teu céu de sonhos, cortando as nuvens, rasante ao oceano azul, diante do horizonte infinito. A melodia que de teus dedos respingava, recaindo sobre meu sonhar como cada gota de chuva caía pelo lado de fora da janela. A chuva, ainda forte, adiava minha partida. Teus braços, que ainda me acolhiam, me convenciam a ficar por mais algum tempo. Das surpresas, o céu se acendia diante de nós, mostrando-nos o brilho de suas estrelas e a vastidão de suas constelações. A grandiosidade do universo a contrastar com aquele pequeno minuto, grande o suficiente para fazer morada em minha memória, naquele momento parecia colocar-nos diante de sua atemporalidade, levando-nos a outros lugares, longe de nossas próprias consciências. Em teus braços, enquanto viajava, havia segurança. Os segredos angustiados eram acolhidos e acalmados por suaves mãos. As palavras que voavam trêmulas pelo ar encontravam em teus ouvidos um lugar para repousar. Em teus olhos, havia um céu para voar. Azul, como o teu perfume a abraçar-me enquanto fitava aquele céu, buscando nele poder ver o azul que me cobria quando teus braços me cercavam. Azul, como aquele novo céu em que voava, mas que trazia-me o reconforto de quem chega em casa.

Originalmente publicado em: http://espelhodetempestade.blogspot.com.br/2016/03/azul.html

        Agonia.
        Gritos.       
        Dor.        
        Quando trará a vida um novo dia?


        O mundo girava em tons de cinza e girava rápido demais, ela queria que o fizessem parar. Sentia que assim iria vomitar. O mundo rodava, mas era pequeno demais para que as paisagens pudessem mudar. Achava que poderia novamente desabar. Seus joelhos seriam incapazes de aguentar.
        Ouvia gritos a sua volta e gritava para que pudessem se calar. Sem perceber tornava-se outra aberração para que os loucos em liberdade pudessem curiosamente admirar. Enlouquecia por ter sido denominada louca, gritava porque chorar já não lhe bastava. 

        Escuridão.
        Lágrimas.        
        Ódio.        
        Como se compra a liberdade para fora desta prisão?
         O mundo era cinza, até mesmo a pouca luz que entrava era escura demais para iluminar. O cinza das paredes a incomodava, a ausência de cores a matava. Fez tinta do próprio sangue para que pudesse sobreviver. Acostumara-se a dor, outro pequeno corte não a faria temer.
         Preenchia em vermelho o cinza das paredes, em palavras como outrora fizera com as mais caras tintas no conforto de uma mansão. Vermelho como a cor dos cabelos da bela dama que agora se escondia atrás de cicatrizes e olheiras profundas. Vermelho, a única cor que não ousaram lhe roubar. Bela dama que se escondia atrás do efeito dos choques que faziam seu mundo girar. 

        Traição.
        Saudades.
        Tortura.
        Doutor, sabes que no inferno te espera pior maldição?

        Traída pelo próprio irmão, o insano doutor que escolhera viver em meio à loucura e solidão. Presa numa condição pior que a morte, jogada a própria sorte. Traída pela lucidez em encontrar a verdade que ninguém viu. Traída pela embriaguez de uma sociedade incapaz de assumir a sua maldade.
         Nobre senhorita que carregava em si tantos sonhos e vaidades, a habitar mais uma fétida cela marcada por tons de vermelho e cinza. Nobre senhorita antes apaixonada por dias ensolarados, todos os seus dias fizeram-se nublados.
         À direita o choro constante de uma mãe que teve seu filho usurpado antes de tê-lo em seus braços, na mesma cela onde solitária ainda habita. À esquerda os gritos em meio aos sonhos agitados de uma menina (de velha alma, mas ainda menina) abusada pelo próprio pai. Na cela em frente o olhar fixo de uma assassina que não se arrepende dos crimes cometidos. Enlouquecer tornou-se sua melhor opção no final.

        Perdida.        
        Esquecida.                
        Ensandecida.         
        Posso ainda chamar isso de vida?

        - Olá querida irmãzinha, no espetáculo de hoje reservei um papel especial a ti!
         Aprendera a lidar com o medo constante que ele lhe causava, a loucura do doutor que um dia ela mesma desacreditara. Fizera-se em ódio, em desejo de vingança. Vingaria todas as almas perdidas naquela insana prisão. Se de nada valiam suas palavras lutaria então com suas próprias mãos.
***

        Vestida como uma boneca em um vestido colorido e maquiada em caras maquiagens, até mesmo teve seu cabelo arrumado. Ainda tinha certo valor comercial em meio a toda insanidade, em meio ao espetáculo dos horrores que habitava. Era uma bela dama de família nobre afinal.
         Um jantar e visitantes especiais, era tudo o que precisava. Não havia um plano, não pretendia escapar, não queria sobreviver. Seu único desejo era vê-lo sofrer, era fazê-lo entender. Uma faca em mãos, era tudo o que precisava, ainda que sem muita precisão.
         Uma faca para cortar a carne assada, mas cortou-lhe a garganta sem hesitar. Não sem deixar de conquistar suas merecidas palavras: 
        - Me desculpe, Clarissa, confesso que te enlouqueci por vaidade.
         E a faca para cortar a carne quente cortou carne fria, cortou a garganta do insano doutor fascinado por novas experiências. Cortou os pulsos da nobre senhorita que um dia sonhara com um mundo justo e finais felizes. Um espetáculo sangrento que nenhum convidado ousaria esquecer.
 
        Obs. A ideia do conto foi inspirada pela ideia de escrever algo que se ambientasse num canário de hospícios antigos lá do século XIII e XIX.

Originalmente publicado em: http://coletivopoesiamarginal.blogspot.com.br/2016/08/madhouse.html


Dedicado a aquela que inspirou felicidade nos 15 momentos reescritos, minha Patricia.

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A necessidade me fez te pedir e só perceber a loucura no meio do pedido, felizmente.
[De quando tive certeza que sua loucura parecia com a minha]

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Nas telas, surrealismo mexicano, no meu rosto o surreal sabor roubado dos teus lábios.
[Do meu maior sorriso, que sempre começa em você]

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Eu tinha todos os motivos para detestar aquele dia, mas meu motivo para sorrir era muito mais forte.
[Sobre você]

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E até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que eu não te encontrei.
[De quando o acaso conspira contra nosso abraço]

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Na tela, um astronauta perdido no espaço.
Na plateia, eu perdido em teu abraço.
[Da minha nova musa inspiradora]

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Ainda que seus olhos brilhassem pelo tronco linguístico, o ponto alto do dia foi encostar no tronco dela.
[De quando nem os livros tiram nosso foco um do outro]

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Você se sentiu mal a pedir o que julgava um grande favor, como se eu sequer cogitasse recusar.
[De quando faço o que mais me da prazer: te ver sorrir]

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Ainda que enciumado, era bom ver o brilho em seus olhos, triste foi quando você percebeu e seu belo olhar passou a refletir culpa.
[De quem prefere ser Pierrot que não ver sorrir sua Colombina]

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Encontramos-nos na Cultura e eu te arrastei para o Starbucks, ainda que as bebidas de lá não tenham metade da doçura do teu toque.
[De quando te raptei antes do seu namorado barbudo aparecer]

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Me chamou pro shopping só para eu a pegar
E eu fui mesmo assim, só para me apegar
[De quando tua língua encontrava a minha e meus olhos queriam a mesma sorte]

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Parecia apenas uma mesa, mas você demonstrou ser o paraíso.
[De quando nos beijamos pela primeira vez]

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A melhor lembrança daquele dia foi antes dele. Já havíamos visto alguns filmes, mas pela primeira vez era mais que por vontade de estar ao lado do outro.
[De quando nossos gostos se encaixam tão bem quanto nossos corpos]

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E o sorvete insistindo em demorar a derreter, nos mostrando que o calor era só nosso.
[De quando comemos chocolate juntos e ele foi só a cereja do bolo]

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Dançar Maria Gadu na chuva, comer comida japonesa, beijar em uma escada escaldante...
[De quando só fui feliz na liberdade por estar preso a você]

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Lembro como se fossem duas semanas atrás, 20 graus debaixo do sol, 40 em cima de ti.
[De quando nem a plateia te impede de me irradiar seu calor]

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Passar o dia com minha mão colada em ti não estava na minha lista, mas foi meu melhor presente.
[De quando descobri que eles são tão sensíveis e ciumentos quanto nossa dona]



         Se eu fosse Frida, eu me pintava em carmesim. O céu azul tão limpo e claro sobre minha cabeça contrastando com a tempestade dentro de mim, no lugar do coração  no peito aberto. Eu colocaria em cada lágrima um rastro de fogo, em cada fogo um rastro de lágrima. Devastação. Mil catástrofes ilustradas no lugar que seria o coração. Por dentro, tudo é desespero. O holocausto em minhas células. A peste negra em minhas veias. O horror em minha face. E o mundo, o mundo ao redor de mim sempre horripilantemente calmo, como se dissesse claramente que não pertenço a ele, que não pertenço à calmaria da porra daquele mundo. Eu sou tempestade, densa demais, não tem devastação por fora, é como um crânio no vácuo esperando para explodir, eu sou um crânio no vácuo!
         Se eu fosse Frida eu pintaria um crânio no vácuo. Denso, denso, a ponto de explodir os miolos todos em todas as direções, sugados pelo nada, pelo grande e poderoso nada. Eu pintaria a minha dor em tons de acre, eu colocaria todas essas feridas em evidência, a coisa mais desprezível, a coisa mais desprezível! Eu me desenharia gritando, gritando, gritando repetidamente a mesma frase. O retrato de mim mesma é a minha dor!, eu gritaria em itálico. E depois eu gritaria em negrito: O retrato de mim mesma é a porra da minha dor!
         Se eu fosse Frida eu me pintava nua da cabeça aos pés, ferida e ensanguentada. E atrás de mim, no horizonte, aparentemente longe, uma cruz. E atrás da cruz uma multidão. E eu me pintaria sozinha, sem nenhum atalho pra alguma zona segura, só o caminho de dor e espinhos à frente. E eu estaria com tanto medo, mas não haveria ninguém pra contar, não haveria ninguém com quem contar. Porque minha dor é desprezível. Eu não posso assumir minha dor, não há honra em senti-la.
         Se eu fosse Frida eu pintava minha dor só por dentro, mas por fora pintaria o mundo cheio de pessoas com dor por dentro e com seus próprios furacões escondidos dentro do peito e bem guardados. Mas nenhuma dor seria igual à minha, e nenhuma dor anularia a minha. E nenhuma das pessoas que sofrem se juntariam a mim. Não, elas não se juntariam a ninguém, porque ninguém escancara a dor. Nem eu. Todos estarão sozinhos. Todos estarão sozinhos. Todos estarão sozinhos.
         Todos.
         Estarão.
           Aqui, para aqueles que desejarem, disponibilizamos os links para todos os contos e poemas que fazem parte de "ISSO NÃO É UM LIVRO" e já foram postados na internet:





Sumário

Marcos Honorato                                                                                                 6
Vitor Vallombroso                                                                                              17
Lucas Souza                                                                                                       26
Ciano
V I O L E T T A
Lívia Firenze                                                                                                      35
Penso, logo escrevo
(Sem titulo)
Lívia Garcia                                                                                                        44
Huirian Suzin                                                                                                     52
Luigi Lunewalker                                                                                             58
Eliziane Dias                                                                                                     65
Hérica Camargo                                                                                                 73

Pósfacio                                                                                                              81


Posfácio

         Esse PDF é uma seleção de textos publicados em alguns dos melhores blogs literários, de forma que agradecemos aos seguintes autores por cedê-los:

         Marcos Honorato - http://espelhodetempestade.blogspot.com.br/
         Vitor Vallombroso - http://coletivopoesiamarginal.blogspot.com.br/
         Lucas Souza - http://coletivopoesiamarginal.blogspot.com.br/
         Lívia Firenze - http://coletivopoesiamarginal.blogspot.com.br/
         Lívia Garcia - http://cancao-de-inverno.blogspot.com.br
         Huirian Suzin - http://universoauxiliar.blogspot.com.br/
         Luigi Lunewalker - http://diariolunar.wordpress.com/
         Eliziane Dias - http://elizianedias.blogspot.com.br/
         Hérica Camargo - http://coletivopoesiamarginal.blogspot.com.br/

         A curadoria visa, com o esforço de selecionar textos de qualidade, demonstrar o que grande parte dos blogueiros – mas não todos – de resenhas perdem ao focarem exclusivamente em livros, uma vez que esse material teve de ser posto em um formato similar ao de um livro para conseguir alguma atenção, a despeito de sua qualidade e unidade ser a mesma quando publicados em blogs.
         Esperamos que esse amontoado de textos gere reflexão em todos aqueles que o lerem, e permita abrir sua mente para a literatura fantástica que não se encontra nos livros.
Forte abraço, Vitor Vallombroso.